8.3.10

Homem do Avião

Apenas quem foi ao cinema recentemente é que vai perceber [parte] daquilo que vou falar aqui.
Na altura dos trailers, a Vodafone deu início a uma sessão de "experiências", onde o pessoal fecha os olhos, fica a ouvir qualquer coisa e faz o desenrolar da história na própria mente. Da primeira vez que o fiz, assim que fechei os olhos, só vi gajas nuas a fazerem-me coisas fantásticas e imagináveis, não prestei muita atenção à experiência. Mas da segunda vez já me acautelei e as gajas estavam a fazer outra coisa qualquer... deviam de estar na cozinha.
Voltando... a experiência que venho aqui falar é a que se intitula de "AVIÃO", simboliza e mostra descaradamente o quanto a cultura actual posiciona o comportamento humano. Confusos? Eu passo a explicar.
A história divide-se em duas partes.
Na primeira, está tudo no avião em pleno voo, a caminho de Bué Bué Bueda Longe, tudo muito calminho, até que de repente, parte-se qualquer coisa e lá vai tudo a caminho do oceano. Ora, neste momento, ouve-se somente as cachopas a gritar. Homens nem ouvi-los. Somos mais espertos e ficamos caladinhos, pois já sabemos que quando o avião chegar à água, há que ter folego para nadar até à superfície, visto que a nossa personagem homem é a única que sobrevive.
Lição da primeira parte: meninas, não berrem por tudo e por nada, que ainda acabam afogadas.
A segunda parte trata-se duma luta pela sobrevivência. Depois de nadar uma boa porrada de centímetros, chega a terra, a um mundo desconhecido. E como bronco que é, mete-se pela selva dentro. Nisto é apanhado por nativos locais que por sinal são canibais, atam-no num espeto e lá começa o churrasco. A meio disto, acorda com a mãe a chamar pelo puto com o magnífico nome de João.
Moral da segunda parte: homem heterossexual só é comido por outro homem se este for canibal.
Fim da experiência.

Cumprimentos...